Curitiba está prestes a ganhar um espaço que promete mexer com a cara do centro da cidade. O prefeito Rafael Greca assinou o decreto que cria o chamado Distrito de Mídia, um trecho da Avenida Marechal Deodoro que será transformado em uma espécie de “Times Square brasileira”.
A proposta é ousada: permitir a instalação de telões, letreiros luminosos e anúncios digitais em fachadas de prédios, criando um corredor de luzes e imagens que pode virar cartão-postal, atrair turistas e revitalizar uma região histórica da capital.
Onde vai ficar essa “Times Square curitibana”?
O novo distrito vai ocupar cerca de 600 metros da Avenida Marechal Deodoro, entre a Travessa da Lapa e a Rua Desembargador Westphalen, no coração de Curitiba.
É uma área tradicional, que já foi palco de intenso comércio e movimento cultural, mas que nos últimos anos perdeu vitalidade. O projeto quer devolver vida ao centro, apostando na força da comunicação visual e da publicidade digital.
Como vai funcionar?
Empresas poderão instalar painéis luminosos e telões nas fachadas.
Cada instalação precisará de alvará específico, renovado anualmente.
Haverá limites para a intensidade da luz, evitando incômodos a motoristas e moradores.
Os responsáveis pelos painéis terão de disponibilizar uma hora por dia para mensagens de utilidade pública — como campanhas de saúde, segurança ou cidadania.
Imóveis históricos terão regras especiais para preservar a arquitetura original.
O que Curitiba pode ganhar com isso?
O projeto é apresentado como uma forma de revitalizar o centro, atraindo novos negócios, turismo e movimentando a economia. Assim como a Times Square em Nova York, a Trafalgar Square em Londres ou o famoso cruzamento de Shibuya em Tóquio, a ideia é transformar o espaço em ponto de referência urbana.
Além do impacto visual, a expectativa é gerar empregos, fortalecer o comércio local e colocar Curitiba mais uma vez no mapa da inovação urbana.
Mas nem tudo são luzes…
Se por um lado a novidade gera entusiasmo, por outro também levanta questionamentos:
Poluição visual: será que a multiplicação de anúncios não vai descaracterizar o centro histórico?
Conforto urbano: como equilibrar brilho, barulho e movimento para que moradores não sejam prejudicados?
Preservação: como manter viva a identidade arquitetônica da Marechal Deodoro, com seus prédios tradicionais?
São dúvidas que só o tempo — e a fiscalização — vão responder.
Curitiba iluminada: um futuro possível
O decreto abre caminho para uma Curitiba ainda mais criativa e vibrante, mas exige cuidado para que o espetáculo de luzes não apague a história e a essência da cidade.
Se bem executado, o projeto pode se tornar um novo símbolo urbano e, quem sabe, transformar a Marechal Deodoro no ponto de encontro mais iluminado do Brasil.
E você, curitibano ou não: o que acha da ideia de ter uma “Times Square” no coração da cidade?
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